Construção de estádios para a Copa de 2014 tem detalhes obscuros

Há algo muito estranho nos bastidores dos preparativos para a Copa do Mundo de 2014, que por irresponsabilidade de alguns acontecerá no Brasil. Depois de muita briga política nas coxias do evento, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, deu sinal verde para que o Corinthians construísse um estádio na Zona Leste da capital paulista, com a promessa da Fifa de que a arena abrigará o jogo de abertura do maior evento do futebol mundial.

Longe das exigências que fez aos organizadores da Copa da África do Sul, a Fifa parece ter concordado com o projeto apresentado pelo alvinegro paulistano, que nem de longe é um estádio totalmente fechado. Para construir o tal estádio, com capacidade para 48 mil torcedores, o BNDES anunciou uma linha de crédito no valor R$ 400 milhões. Orçado inicialmente em R$ 350 milhões, o projeto exigirá investimento de mais R$ 180 milhões para aumentar a capacidade do novo estádio para 65 mil torcedores, exigência básica da Fifa para jogos de Copa do Mundo. A diretoria do Corinthians já avisou que não investirá um centavo na obra.
Diante da flexibilização da Fifa em relação à arena do Corinthians, a reforma do Estádio Mário Filho, o Maracanã, torna-se inócua. Com previsão inicial de gastos de R$ 706 milhões, podendo chegar aos R$ 880 milhões, o Maracanã, reformado há pouco mais de três anos, não precisa da anunciada repaginação, pois conceitualmente é muito melhor e mais próximo das exigências da Fifa do que o estádio do Timão. Sem contar que outros estádios que serão construídos em várias cidades brasileiras são totalmente desnecessários, pois os atuais atendem tranquilamente aos requisitos da competição.
A sandice que tomou conta do País em relação às novas arenas será uma cornucópia direcionada para poucos, mas financiada pelo suado dinheiro de muitos. Como acontece por aqui desde 1500.

Nenhum comentário: