Antidepressivo aumenta chance de autismo

Bebês nascidos de mulheres que tomaram inibidores seletivos de recaptação de serotonina (SSRI) durante a gravidez podem ter uma aumento ligeiro no risco de desenvolver uma desordem de espectro de autismo (ASD), sugere um novo estudo, segundo o webmd. Pequisadores compararam o uso de antidepressivos em mães de crianças com e sem ASD. Descobriram que aquelas que tomaram SSRIs tinham duas vezes mais chances de ter uma criança com uma diagnose de ASD. 

A deordem foi incomum em ambos os grupos, e a descoberta não prova que o uso de SSRIs contribui diretamente com a incidência de ASD. "Este é o primeiro estudo que mostra uma possível associação entre o uso de antidepressivos e autismo, e as descobertas devem ser consideradas preliminares", diz a pequisadora Lisa A. Croen, que acrescenta que é preciso mais pesquisas para confirmar a associação. 

Os laboratórios que fabricam SSRIs dizem que não irão responder ao webmed depois da publicação do estudo. 

Houve um grande aumento de diagnósticos de autismo e desordens relacionadas nas décadas recentes. O conhecimento e a diagnose destas condições podem explicar o aumento, mas há preocupação de que influências ambientais não identificadas estejam causando o desenvolvimento de ASD em mais crianças. 

O uso de antidepressivos durante a gravidez, especialmente o de SSRIs, também aumentou dramaticamente em anos recentes. Num esforço para investigar se a exposição fetal a antidepressivos contribui com risco de ASD, Croen e colegas do grupo californiano de saúde Kaiser Permanente examinaram os registros médicos de cerca de 300 crianças com ASD e suas mães. Estes dados foram comparados com os de mais de 1500 crianças sem desordem de espectro de autismo. Vinte mães de crianças com ASD (6.7%) e 50 mães de crianças sem ASD (3.35%) obtiveram, ao menos, uma prescrição de antidepressivos no ano anterior ao nascimento dos filhos. 75% das mães de crianças com ASD tomaram SSRIs, com ou sem outros tipos de antidepressivos. Os SSRIs prescritos examinados no estudo foram fluoxetina, fluvoxamina, paroxetina e sertralina. Quando comparadas a mulheres que não tomaram antidepressivos durante a gravidez, aquelas com prescrição de SSRIs  tinham duas vezes mais chances de ter um filho diagnosticado com ASD. 

O artigo já está publicado na versão online do Archives of General Psychiatry


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