Quer ser mais inteligente? Então corra!


Se você está a fim de exercitar o cérebro, mas não quer enfiar a cara nos livros, aí vai uma sugestão: corra. E, olha, óbvio que se for para uma biblioteca isso pode ser ótimo para a educação, mas, no caso, o seu destino nem é tão importante assim. 

O principal aqui é que você use a corrida como exercício!

Pesquisadores da Universidade de Jyväskylä, na Finlândia, estão afirmando que correr pode aumentar o número de células cerebrais - pelo menos em ratos. 

Os cientistas colocaram os roedores para malhar em três equipes diferentes: a primeira corria, outra levantava peso, e a última fazia um treinamento de alta intensidade - um crossfit para ratinhos. 

A conclusão foi que, enquanto o primeiro grupo demonstrou uma multiplicação nas células do cérebro, os outros dois times não tiveram nenhuma mudança significativa. 

Os exercícios foram adaptados para o corpo dos animais. Para o time da corrida, uma pequena esteira foi colocada para os ratos, que corriam por meia hora durante três dias da semana. No caso dos que levantavam peso, amarraram pequenos pesos aos rabos dos roedores e os fizeram subis escadas. O terceiro grupo fazia o rato correr com arrancadas maiores e depois diminuir a velocidade, mas aplicando choques para fazer o animal correr sempre no seu limite. 

De acordo com a pesquisa, o estresse pode estar relacionado com o fato das células não se reproduzirem nos outros casos. Tanto o levantamento de peso, quanto o treinamento de alta intensidade deixavam os ratos mais estressados. "Estresse é comumente considerado um inibidor na neurogênese adulta", explica o texto. 

Por outro lado, os ratos que resolveram correr na esteira por livre e espontânea vontade foram os que registraram o maior número de células cerebrais. 

Apesar de não mostrar um aumento no número de células, Miriam Nokia, autora da pesquisa, afirma que os benefícios cerebrais de levantar peso podem existir, só que ainda não foram notados. "Os efeitos do treino anaeróbico sobre o cérebro em definitivamente, algo que eu quero estudar mais", disse Nokia em entrevista ao site americano Fastcoexist.


Você sabe a função do "Suspiro"? Ele é vital para nossas vida!


De acordo com um novo estudo da Universidade Stanford e da Universidade da Califórnia em Los Angeles (EUA), o suspiro é um reflexo crucial que mantém os nossos pulmões saudáveis.
Os cientistas recentemente descobriram onde no nosso cérebro esse reflexo é controlado.
A equipe identificou dois grupos minúsculos de neurônios no tronco cerebral que transformam automaticamente respirações normais em suspiros quando nossos pulmões precisam de uma ajudinha – e eles fazem isso a cada cerca de 5 minutos (ou 12 vezes por hora).

Função vital

Mark Krasnow, da Escola de Medicina de Stanford, um dos pesquisadores do estudo, disse que sua equipe identificou pela primeira vez o “botão do suspiro”, e o mecanismo é acionado de forma surpreendentemente simples, ignorando o nosso cérebro consciente completamente – em biologia, isso sugere que é um dos reflexos mais importantes que temos, assim como nosso sistema de “fuga ou luta”.
“O suspiro parece ser regulado pelo menor número de neurônios que vimos ligado a um comportamento humano fundamental”, disse outro pesquisador, Jack Feldman, da Universidade da Califórnia.
E por que é tão importante? Sem ele, os pequenos “balões” de nossos pulmões, conhecidos como alvéolos, podem colapsar e não conseguir se inflar novamente.
“Um suspiro é uma respiração profunda, mas não voluntária. Ela começa como uma respiração normal, mas antes de expirar, você toma um segundo fôlego em cima do primeiro”, explicou Feldman. “Quando alvéolos colapsam, isso compromete a capacidade do pulmão de trocar oxigênio e dióxido de carbono. A única forma de inflá-los novamente é suspirar, que traz duas vezes o volume de uma respiração normal”.

Como os cientistas descobriram isso?

A hipótese surgiu quando os cientistas notaram que os primeiros pacientes morriam nos dispositivos mais antigos de “pulmão de ferro”, que não levavam em conta respirações profundas – uma falha que já foi corrigida. Se as pessoas não suspiram, os alvéolos lentamente entram em colapso, causando insuficiência pulmonar.
Para provar isso, a equipe estudou ratos de laboratório, que suspiram até 40 vezes por hora. Eles examinaram mais de 19.000 padrões de expressão genética nas células cerebrais dos animais e, eventualmente, chegaram a 200 neurônios que fabricam e liberam um dos dois neuropeptídeos conhecidos por influenciar a respiração em seres humanos.
Os cientistas descobriram que os peptídeos estimulam um segundo conjunto de 200 neurônios, que, em seguida, ativam músculos respiratórios para produzir um suspiro.
Quando a equipe aumentou a quantidade de peptídeo a ser produzida, os ratos começaram a suspirar 400 vezes por hora, em vez de 40. Alternativamente, os pesquisadores foram capazes de “desligar” os suspiros nos ratos completamente quando bloquearam os peptídeos.

Suspiro de amor

Mais pesquisas são necessárias para confirmar se este mesmo mecanismo existe nos seres humanos, mas as semelhanças entre a biologia de ratos e humanos sugerem que sim.
Os pesquisadores ainda não compreenderam tudo o que podem sobre o suspiro, no entanto. Por exemplo, eles não sabem se o suspiro emocional funciona da mesma maneira.
“Há certamente um componente dos suspiros que se relaciona com um estado emocional. Quando você está estressado, por exemplo, suspira mais”, disse Feldman. “Pode ser que os neurônios em áreas do cérebro que processam emoções provocam a liberação dos neuropeptídeos do suspiro, mas não sabemos isso ainda”. 

Fonte: ScienceAlert